A partir do próximo ano, Portugal terá à disposição fundos europeus para apoiar a recuperação da economia dos efeitos da pandemia da Covid-19, num valor superior a 45 mil milhões de euros. Chegarão a tempo para ajudar a relançar a economia portuguesa?
Foi este o mote do caderno especial do Jornal Económico para a edição do passado dia 27 de novembro, para o qual a Ayming Portugal foi convidada a participar, oferecendo a sua opinião acerca da temática central do trabalho.
O caderno especial do Jornal Económico pode ser consultado, na sua totalidade, aqui.
Complementarmente, a Ayming Portugal participou na JE editors Talks, uma conversa onde foram abordados vários temas sobre esta ‘bazuca’, nomeadamente de que forma podem as empresas portuguesas concorrer a este fundos e que projetos podem ser apoiados:
A opinião de Nuno Tomás, Managing Director da Ayming Portugal:
Fundos Europeus: A urgência económica e as mudanças sustentáveis
Com as previsões económicas para Portugal a apontarem para uma contração do PIB, para 2020, de 8,5% e esperando-se que o próximo ano seja de crescimento (5,4%), que prioridades e instrumentos tem o Governo a oferecer às empresas, para operar esta transição no espaço de um ano?
As prioridades centram-se na Transição Digital, não só na capacitação dos RH, mas também na transição dos processos das empresas para uma base digital; na Descarbonizarão da Indústria, promovendo a transição para fontes energéticas renováveis, ao invés dos modelos energéticos assentes em combustíveis fósseis; na Aposta em Inovação e I&D, aproximando o sistema de inovação nacional das empresas e, por fim, numa Administração Pública mais digital, diminuindo os custos de contexto para os cidadãos e para a as empresas.
Como instrumentos, Portugal terá uma conjugação de fundos ímpar, (i) fruto da Reprogramação do Portugal 2020, estendido até 2023 e com reforço da sua dotação orçamental, (ii) o vindouro Portugal 2030 e (iii) o Plano de Recuperação e Resiliência. Esta combinação de Fundos Europeus permitirá a Portugal aceder a cerca 45 mil milhões de euros em subvenções, entre 2021 e 2029.
Sendo reconhecidos os desafios nacionais ao nível da simplificação, concentração e complementaridade com os fundos nacionais, compete ao Governo a adequada e urgente orquestração administrativa para que estes fundos cheguem rapidamente à economia nacional.